15 de setembro de 2023
Painel foi apresentado no último dia do evento
A programação da 13ª Conferência Brasileira de Contabilidade e Auditoria Independente do Ibracon – Instituto de Auditoria Independente do Brasil, realizada nos dias 27 e 28 de junho, contemplou a realização do painel “Tecnologia: considerações no campo da ética e ceticismo profissional”.
Na ocasião, a key-speaker convidada foi Laurie Endsley, vice-presidente do International Ethics Standards Board for Accountants (IESBA), que debateu os temas com Marcio Santos, líder do Comitê de Tecnologia e Inovação do Ibracon; Giuseppe Masi, membro do Grupo de Trabalho (GT) Ética, Compliance e Independência do Ibracon; e Tatiane Schmitz, membro do GT Firmas de Auditoria de Pequeno e Médio Portes (FAPMP) do Ibracon.
A palestrante Laurie Endsley chamou a atenção do público ao afirmar que, justamente neste momento em que novas tecnologias chegam ao mercado, como o Chat GPT, torna-se ainda mais relevante o papel dos profissionais da Auditoria Independente. E não o contrário. “Nosso papel nunca foi tão importante, assim como a nossa responsabilidade com o público de construir confiança em nossos mercados de capitais, para garantir que haja informações de qualidade confiáveis que permitam aos stakeholders tomarem suas decisões”, enfatizou.
Marcio Santos, líder do Comitê de Tecnologia e Inovação do Ibracon, lembrou que, no ano passado, a Conferência do Ibracon discutiu conceitos como blockchain e metaverso, mas hoje o debate é totalmente outro. “Parecia que aquilo ia ser a grande revolução e, agora, estamos debatendo o ChatGPT. Significa que os ciclos tecnológicos são muito rápido”, disse, destacando que é importante discutir não a tecnologia em si, mas o amadurecimento do mercado para se adaptar a ela.
Este é também o ponto de vista de Giuseppe Masi, membro do Grupo de Trabalho (GT) Ética, Compliance e Independência do Ibracon. Segundo ele, o ponto que precisamos discutir é a necessidade de entender como de fato vamos trabalhar para evitar os possíveis riscos que as novidades tecnológicas certamente implicam na atividade do auditor independente. “Embarcar [na inovação] não é uma opção, mas uma necessidade, uma realidade. Se ainda não estamos em um nível de maturidade que se espera ser o ideal, pelo menos nós já estamos compreendendo que isto é necessário, que a partida tem que ser dada”, afirmou.
O investimento em tecnologia é sempre um ponto de questionamento para as pequenas e médias firmas. Para Tatiane Schmitz, membro do Grupo de Trabalho (GT) Firmas de Auditoria de Pequeno e Médio Portes (FAPMP) do Ibracon, também pode haver, em algum momento, uma resistência ao uso das novas tecnologias. “Nós [das pequenas e médias firmas] temos um desafio ainda maior, porque existem recursos limitados, sejam de pessoas, sejam financeiros para adotar essas ferramentas. Então, esse processo de debate estratégico sobre o uso da tecnologia tem que começar a acontecer, porque possibilitará grandes benefícios”, disse.
Assista ao vídeo completo, clicando aqui.
Os vídeos do painel de Líderes “Governança e desenvolvimento sustentável” e do painel “O profissional do futuro da Auditoria Independente pode ser você?” também já estão disponíveis na seção “Vídeos” do site do Ibracon, clique aqui
Por Comunicação Ibracon
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